Rancho Folclórico de Sta. Marinha de Lousado
Lousado, à beira do Ave plantado, localizado no centro de uma região onde o desenvolvimento é uma constante bem sublinhada. Razão insuficiente para que se esqueçam as tradições e os costumes dos seus antecessores.
Foi tudo isto que desde da data do seu nascimento a 10 de Abril de 1987 o Rancho Folclórico de Stª Marinha de Lousado se propôs recordar.
Cantares com velhas e entranhadas tradições minhotas, de algum modo influenciados pela grande proximidade e contacto da riquíssima e vizinha região Maiata, vem sendo afincadamente recolhidos.
É tudo isto, e muito mais, que pretende este rancho, rico em trajes e cantares, reavivar na memoria dos presentes. São de facto raízes folclóricas que vem de longa data.
No historial deste Rancho são de salientar as conquistas de uma medalha de ouro no Festival da Feira Popular de Lisboa, prata no Festival Nacional da Nazaré e bronze em variadíssimas localidades.
Pisou já palcos além fronteiras, de salientar o Festival Internacional de Tuy aqui na vizinha província da Galiza.
É composto por cerca de cinco dezenas de elementos vestindo os mais variados trajes de traça original, de entre os quais sobressaem:
Os trabalhos – de ceifar, da eira, da poda e vindima – de lavradores ricos – de ir à missa e de romaria – os domingueiros de mordomas, de noivos, de palhoça e capote varino.
Acompanhando estes, uma bem requintada tocada onde se fazem representar os mais diversos instrumentos enraizados no povo da época que representam – Séc. XVIII e XIX – Exemplo destes são o violão, o cavaquinho, a ramaldeira, a concertina, o acordeão, o bombo, os ferrinhos e o reco-reco acompanhados pelas excelentes e melodiosas vozes do seu magnífico coro e cantadores.
É de importante valor e responsabilidade aquilo que o Rancho Folclórico se compromete a transmitir aos Homens de hoje e de amanhã. Papel esse que tem conseguido desempenhar até à data e o qual promete preservar.
É de notar que no Concelho de V. N. de Famalicão, no qual se enquadra este Rancho, coexistem cerca de duas dúzias de grupos folclóricos e etnográficos, espelho de uma tradição mantida ao longo dos séculos que teima em acabar, mas que, para bem dos costumes Lusitanos, as gentes do baixo Minho insistem em manter.